quinta-feira, 20 de junho de 2013

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Eu, no fundo, não invento nada. Sou apenas alguém que se limita a levantar uma pedra e a pôr à vista o que está por baixo. Não é minha culpa se de vez em quando me saem monstros.





José Saramago






quarta-feira, 5 de junho de 2013

do Amor incondicional.



porque os mal entendidos que te cravam unhas nos pulmões e te atiçam ao podre da revolta, só conseguem no fundo semear a tristeza. e se no peito te abrem feridas, é da voz que abafas, porque é preciso mais do que riscar uma fita de cassete na cabeça. a razão está no lado de quem a procura e é no reflexo que se revela. se não projectares para fora de ti nunca saberás verdadeiramente o que é. nunca terás resposta. nunca aprenderás.
e digo ainda que o sangue que nos corre nas veias tem uma origem, mas diz que a naturalidade do percurso é não fazermos dos erros dos nossos antepassados os nossos erros. diz-me a vida que o orgulho sempre trouxe de manda dada o remorso.

[eu não sei onde tenha errado. não acho que tenha errado. não sinto que tenha errado.]

em todo o caminho que fiz, sempre tentei ser fiel ao que sinto e acredito.
nesse caminho, embora a minha maneira sempre te amei.
nesse amor, nesse caminho, nesses principios existe um padrão


não posso corrigir o que não entendo, e assim espero, enquanto a tristeza corrói, o mal entendido se instala e a esperança de que o orgulho se te desvaneça, oscila frágil e ténue, a fazer levantar o véu sobre a dor. ainda assim, mantenho na mesa de cabeceira o retrato de que, o que nos une, é incondicional. devias sabê-lo.






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