terça-feira, 29 de janeiro de 2013

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lembro-me que chovia e via as gotas cair lentamente. lembro um poema sobre a luz que reflectia numa pedra de altar gasta pelo tempo.
lembro que a musica parou, ja não me lembro se antes ou depois.




sábado, 19 de janeiro de 2013

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insustentável. como um bando de prostitutas a quem dás dinheiro e depois exiges que te retribuam favores.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

a nú.


numa iniciativa 'relâmpago' o espaço MOB, no coração do bairro alto, viu as suas paredes dominadas por mulheres com o meu carimbo. a abertura decorreu nesta noite e foi uma iniciativa tão relâmpago que, à excepção de criar um evento na mais concorrida rede social de sempre, horas antes da abertura, não consegui avisar mais ninguém, nem com mais antecedência. estará patente até dia 25 do mês corrente e deixo-vos aqui o cartaz e o link para o tal evento do facecena.








quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

~.



Pergunta-te. Questiona-te, depois de limpares o rimel esborratado dos olhos e te assoares, como é que raio Gonçalo sabes essas merdas todas? Como é que sabes sobre as torradas da manhã, e o jantar de logo à noite? Como é que sabes sobre o banal e o vulgar dos dias? Sobre o calor e o vazio? O simples acto de te colocar o guardanapo do lado certo do prato ou não saber onde descalcei os sapatos ontem?
Porque aquilo que tu não sabes, é que a psicologia de mesa de cabeceira não é mais que um retrato. E aquilo que tu não vês, é que a prescrição que atribuo a cada paciente, é aquela que nunca terei para mim. A psicologia de mesa de cabeceira, sabes, é um fenómeno bem bonito. Porque a conheço tão bem. Conheço-lhe tão bem as [entre]linhas, que não me serve. É minha.

O que eu te quero dizer no fundo, é que o dom da palavra que tanto estimas e te faz cair as lágrimas, é muito bonito da boca para fora. Da boca para dentro, minha cara, é um castelo de cartas ao vento, e eu, o rapaz que segura pilares, estou tão ou mais fodido do que tu.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

adeus.



a verdade estará sempre acima de qualquer juízo. as causas e as consequências são apenas danos colaterais pela falta de entendimento da mesma. e se para ti falo, contra mim falo também. e ainda que não tenha respostas, que não saiba quando as virei a ter ou se as virei a ter, sei quando tenho que agir. a parte fria e cruel é que tenho que tomar decisões com base em suposições, até que a verdade se revele e me dê ou me tire razão. enquanto isso, faço o que tenho que fazer.
partir.