quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


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Trago no peito um coração-bomba-relógio. Prestes a explodir e eu sem saber o que fazer com ele.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

AColdZerø


É o Tempo. É sempre o tempo. E enquanto esperas que ele te salve e cure a tua doença, não percebes que corrói. Desgasta. Apodrece-nos por dentro como uma maçã esquecida na mesa de cabeceira.

Apesar de tudo o que com Ele se afunda, uma coisa é certa, é Ele que traz à razão à tona.



comprei um bilhete de ida.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


              A mão procura a mão. O moribundo encosta a cabeça, pesada e leve, no 
peito da culpa. Como falar do medo de ficar só? Não voltar nunca, é esse o amor.
Não olhar para trás, para as coisas acabadas. Como falar? Tantas coisas. As pala-
vras são uma prisão. Onde está a normalidade da vida? O hálito a queimar-me
os dedos. Uma delicadeza infinita, neste momento.  « I'm not leaving. »
« Give-me your hand. » O sol é venenoso.


Rui Chafes - "O Silêncio de…"