quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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Sabes a veneno doce. Como um xarope de criança misturado com lixivia.

Mas ao invés dela sujas a alma. Sujas-me alma.

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lava-me a alma
©acoldzero

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

na ultima vez que amei foi assim...



pretty hate machine by earphobia

pretty hate machine by earphobia



pretty hate machine by earphobia

©acoldzero (a partir do trabalho "Pretty Hate Machine" de earphobia)

domingo, 15 de novembro de 2009

"Como eram ambos jovens e se moviam ainda às cegas nas
franjas dos seus próprios desejos, a dança que faziam juntos não
era uma dança em que tomavam posse um do outro, mas uma
espécie de minuete, cujo objectivo consistia não em apropriar-se,
não em agarrar, não em tocar, mas em permitir que o máximo de
espaço e distância fluísse entre eles. Mover-se em sintonia, sem
colisões, sem se fundirem. Descrever circulos, fazer vénias em
sinal de devoção, rir dos mesmos absurdos, troçar dos seus próprios
movimentos, lançar sobre as paredes sombras gémeas que nunca
se tornariam uma só. Dançar em redor desse perigo: o perigo de
se tornarem um só! Dançar confinando-se cada um ao seu próprio
caminho. Permitir o paralelismo, mas sem que um se perdesse
dentro do outro. Brincar ao casamento, a par e passo, ler o mesmo
livro juntos, dançar uma dança de evasão na orla do desejo, per-
manecer dentro de círculos de luz sublimada, sem tocar no âma-
go que deitaria fogo ao circulo.
_____Uma hábil dança de não-posse."



Anaïs Nin - Os Filhos do Albatroz


Fred Muram
©Fred Muram

queria homenagear as ultimas 48 horas colocando um post com musica dos Last Days, mas não encontro nada deles online. gostava que soubesses a força que me carrega o interior. depois de os ouvires podes chamar-me masoquista. é verdade.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

no silêncio que antecede a tua voz, eu fico parado
diante da beleza.

se esticasse o braço, tocaria o teu corpo de menina.

mas eu nunca poderia tocar a tua beleza. entre mim e
a tua beleza existe a distância impossível que divide
a morte da vida.




José Luis Peixoto. A Casa A Escuridão
acoldzero
©acoldzero



segunda-feira, 2 de novembro de 2009





Conrad Roset
©Conrad Roset



Desculpa. Perdi-me. De mim. De ti. Do Mundo. Da lógica e da razão bem como do que sinto. Foi verdadeiro mas de certa forma escusado. Injusto também. Fizeste-me muito mal em muitas circunstâncias, mas há uma parte que continuo a querer abraçar todos os dias. Oxalá eu conseguisse racionalizar e separar as coisas.. Talvez porque nunca tenhamos acabado a bem. Com justa causa.. Talvez tanta coisa. Não sei. Achas que as coisas
podem um dia ficar bem? O que quer que 'bem' signifique..

¶.




Father
©acoldzero


Parabens Pai