segunda-feira, 3 de março de 2014

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Um comentário:

O Pai disse...

Muito cuidado com o pensamento circular meu irmão, já lá estivemos ambos. não queremos lá voltar, isso corrói e embala ao caminho da escuridão: - eterna negritude austral, que
nos embala o ser, que é tão acolhedora, tão reconfortante, surda-muda por entre a multidão.. solidão, eterna companheira que nunca nos deixará a sós, realmente a sós.
quando tudo se vai, ela para sempre lá estará. sempre lá esteve. refúgio doce entre as brumas de ser e estar, aqui [- só.]. uma nova e derradeira eternidade, única mas
plural entre todo o ser, singular em todo o firmamento deste universo infindável que está à nossa frente..

O pensamento nunca pára, e muito menos quando trespassa para a pena mergulhada e depois expelida em jorros de tinta permanente, ou chinesa, tal como dizem nossos

ancestrais.
tinta essa com que escrevemos nossos versos envenenados em cicuta antiga. só entre nós o sabemos sem pensar nos outros. [os outros?!..] - os outros, que luta vã, a

procura desse respeito
e o acolher deles [daqueles outros] ao nosso pensamento doente, que vontade de ser aceite por eles (a que a nós nada interessa mas em tanto nos embala). vivemos num
mundo em que até o respeito por nossas mães - quem nos trouxe à luz a este mundo, com o todo o amor, o amor verdadeiro; irracional; eterno; incondicional e para todo o

sempreo único amor que saberemos que ficará cá connosco, mesmo após a sua partida para um reino de amor e paz que mais tarde, ou em breve, nos reencontraremos - tudo

isto é incuriádo por nossos contemporâneos, que disto nada sabem, nem sobre isto querem saber, quanto mais pensar: coisa tão inútil para eles [, os outros..].

nada interessa mais, jamais interessará.. este laço de alma, que é só nosso meu irmão, laço dos poetas castigados, exaustos, fartos de tanto existir assim neste meio
de incompreensão, poetas que que nunca o desejaram ser, mas que na sua triste, fadada e inata poesia d'alma o carregam. tal qual como a cruz que teremos que carregar
para todo o sempre, neste nosso calvário ainda por descobrir, esse caminho longo entre o sacrifício e a aceitação. esta lembrança de que a felicidade é uma busca
eterna, e que quando vem, é em momentos breves - voláteis e inflamáveis, tal como tua arte.. para nos lembrar que em breve (e como sempre,) [fatalista] partirá e nos

deixará assim: entre a poesia, o marasmo, a tristeza e sobre tudo isto (por cima disto, fardo demasiado pesado, - como se já fosse pouco) numa plena solidão

reconfortante [nossa companheira de sempre].

um Abraço com carinho, honesto, aquele abraço sincero, de quem sabe o que é o amor fraternal entre os homens..

Muito triste estou por não poder estar contigo mais, meu pilar de bom senso!..

Espero encontrar-te em breve, quando voltar das minhas viagens obrigatórias, que ajudam à fuga de ser quem sou e sinto ser [pleonasmo cliché] (ai, as vozes que cada
vez mais oiço), [cala-te, seu cliché. que destróis a carne por onde habitas e sobre a qual não tens respeito, vais por um caminho de perdição e despeito.)..

amor a Vós, meu irmão.. aparece pelo largar a picha, a vil arte de bem desengatar sente a tua falta!..