terça-feira, 5 de junho de 2012

um pedaço de história, em contexto nos dias que correm.



durante uma parte algo complicada da minha vida, vi-me influenciado de várias maneiras pelo universo grunge. sim, eu também sou um desses. fez parte da minha geração, de uma parte da minha vida. entre as letras, a musica, a sonoridade, aquela coisa suja dos anos 90, ainda trago algumas bandas dessa altura como bandas de culto, algumas delas até que ainda ouço de quando em vez. outras porventura continuam cravadas a ferro, por dentro da pele. é difícil em certa medida estabelecer hierarquias entre elas, dado que fazem todas parte de um universo, e todas as elas me marcaram num contexto comum, no entanto há uma coisa ou outra que se destaca no meio das outras. quem me conhece mais de perto, conhece a minha relação com os Smashing Pumpkins. Tenho um MellonCollie imaculado que nunca o coloquei a tocar, e dele advém o nickname que já tem cerca de década e meia. no liceu usava uma sweatshirt com a capa do meloncollie à frente, e aquela coisa com a estrela e com o "ZERO" igual à do Billy, atrás, quase que a fazer lembrar um equipamento de um qualquer desporto. diziam-me às vezes nos intervalos das aulas: "és um zero, tu!". e sou. sempre fui. aquele nickname vem daí mesmo, e da musica, e da letra dessa musica, que ainda hoje tem o meu retrato estampado. e se nessa altura era um addicted dos recortes de jornais e revistas, há uma memória que guardo dessa altura, que é a guitarra do Billy com um autocolante que diz "born to lose".
olá. o meu nome é gonçalo e esta é a minha história.

2 comentários:

Papoila disse...

E eu é que me sinto sem eira nem beira.

Deixa mas é de esmagar as aboboras. OU então aproveita as suas sementes. É sinal de vida, latente. Vida que espera o momento certo para nascer.

Apenas isso... o momento certo para nascer.

gonçal∅ incendiàrio disse...

há algo que às vezes não se percebe neste tipo de discurso, é que em certa fase houve a revolta, sim. fez parte da altura e desse contexto, no entanto, há medida que descobres um caminho e um sentido, certas coisas passam a ser dado adquirido. há uma aceitação da realidade dos factos. a ausência é uma presença, o vazio é o que preenche o espaço interior, e no fundo é isso o motor de combustão. pior é quando contas com mais do que podes ter. quando te iludes. era eu ainda um jovem adolescente quando me ensinaram como as expectativas geram desilusões.