quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


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Trago no peito um coração-bomba-relógio. Prestes a explodir e eu sem saber o que fazer com ele.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

AColdZerø


É o Tempo. É sempre o tempo. E enquanto esperas que ele te salve e cure a tua doença, não percebes que corrói. Desgasta. Apodrece-nos por dentro como uma maçã esquecida na mesa de cabeceira.

Apesar de tudo o que com Ele se afunda, uma coisa é certa, é Ele que traz à razão à tona.



comprei um bilhete de ida.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


              A mão procura a mão. O moribundo encosta a cabeça, pesada e leve, no 
peito da culpa. Como falar do medo de ficar só? Não voltar nunca, é esse o amor.
Não olhar para trás, para as coisas acabadas. Como falar? Tantas coisas. As pala-
vras são uma prisão. Onde está a normalidade da vida? O hálito a queimar-me
os dedos. Uma delicadeza infinita, neste momento.  « I'm not leaving. »
« Give-me your hand. » O sol é venenoso.


Rui Chafes - "O Silêncio de…"


segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Cheguei a Lisboa no dia 31 de Janeiro de 2008. Trazia comigo uma mala de sonhos e desejos, e este álbum no mp3. Durante o mês de Fevereiro, vivi numa casa que não era a minha. Que não me pertencia. Que não tinha o meu nome em lado algum. Aprendi um caminho e uma rotina que não eram os meus. Um percurso. Todas as noites chovia. Muitas vezes durante o dia também. Lembro de um quarto com uma janela pequena, por onde mal conseguia espreitar e onde ouvia passar os autocarros da carris, dia e noite, e o trânsito de uma cidade que ainda não era a minha. Acho que nunca chegou a ser e provavelmente não será dia algum. Ouvir esta música traz-me muitas memórias. Memórias que justificam, àqueles que não entendem que lhes diga: o White Chalk é sem duvida o meu album preferido da PJ. Ouvi-o dia e noite durante aquele mês..
Quero apesar disto agradecer o mês de Fevereiro de 2008 à Silvia, que cuidou de mim como pôde, me acolheu e de alguma forma me salvou, mesmo sem saber.
Hoje chove-me nas maçãs do rosto e aperta-se-me o peito de uma angústia que não posso contar, e entre outras tantas coisas, revejo mil imagens daquele mês. Hoje a insónia sabe-me a este giz branco, por isso deixo-o aqui apontado, como quem queima com um ferro, para jamais esquecer, do que realmente me cobre e me abraça.


programa completo aqui.

domingo, 27 de novembro de 2011


"Esperar."
A palavra que carrega consigo a faca que se espeta no peito enquanto nos aperta a garganta. Mas não nos atira ao chão ou contra a parede.
É uma injecção intra-venosa de luz branca nos pulmões que nos rouba o espaço ao ar.


sábado, 26 de novembro de 2011



Gostava de escrever, agora, sem qualquer tipo de significado subjacente, sem qualquer tipo de conotação subliminar. Sublime.Desprendido. Sem o peso do "e se...". Sem os segundos significados e as interpretações. E não é não saber, é não poder.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011


foi aqui...                                   

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

sobre o tal sindroma de peter pan.



um dia roubei este post ao indigente, e fi-lo desde então imagem de marca




sábado, 19 de novembro de 2011



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Há uma música de uma dessas bandas pop, onde algures no meio da letra, de pode lêr: "Som da casa, quando não estás..."


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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011


para aqueles que continuam a perguntar o porquê do meu nickname.



sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Fui ver a caixa do correio. Não estavas.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Five Rings



O Rui Chafes dizia que estas palavras são para ser ouvidas, e não lidas, contudo esta é a única partilha que me é permitida.
Apesar de tudo ainda trago a voz da Orla Barry a ecoar-me nos tímpanos.



I remember memory as if it were a memory.
I remember standing outside myself, outside the world.
I remember my brain continually obliterating the words to describe existence.
I remember thinking that thinking is a chameleon,
changing with the conditions that go on around thought.

I remember being too full to remember...
I remember recounting,
I remember, remembering without images,
I remember rehearsing memory through voice.
I remember speaking a poetic language.
A language that is removed from speach,
one that does not allow for communication
but for interpretation and reinterpretation.

I remember the colour of the air
and the sun burning through my clothes.
I remember the brain sunburn.

I remember looking for a place where I could extend my thoughts,
but they hung in the air around me.
I remember words leaving my mouth without me.

I remember someone with a fairground style enlightenment.
I remember them saying:
'What does a mirror look like when it is not working?'

I remember when presence started to lead to absence.
I remember overdose cities, where people really thought input always led to output.
I remember the cities stinking air, as warm and smelly as the air from a tire.

I remember not being allowed to take a joke to the point that it might have gotten funny.
I remember forgetting how to joke.
I remember the blankness.
I remember  suspended meaning.
I rememberun-framing memory and every image I ever had collapsing into the dark.
I remember loosing the image of the recently departed.
I remember ringing the wrong doorbell and being cornered by the unknown.
I remember a permanent compression of energy.
I remember a dream that to get married you needed five rings.
I remember someone asking me: 'Can you do something you  can not say?'




Orla Barry

sexta-feira, 4 de novembro de 2011





i knew that this would happen.




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( i just f*cking knew.)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011




"O Tarkowsky costumava dizer, acerca da obra de arte, que o artista pegava no seu medo, dava-lhe forma e chamava-lhe deus."

Rui Chafes



sábado, 29 de outubro de 2011






"Não te preocupes. Eu gosto do odor das pessoas quando acordam. Tenho gostos esquisitos, sim, mas não te assustes." - Disse ela. 
Inevitável, contudo. A primeira coisa que me veio à cabeça foi o Império dos Sentidos.










terça-feira, 18 de outubro de 2011

Do baú.



O interior da minha boca é feito do que me envolve e tem sabor a ferro. Lá dentro está todo o universo dos meus desejos de mão dada com o que temo. Tenho pêlos nas nuvens do céu-da-boca e Outono com açúcar baunilhado debaixo da língua, enquanto me escorre água ferrugenta pela garganta.
Os meus dedos, árvores numa planície alentejana, inertes e solitários, sentem o pousar dos pássaros e imóveis aconchegam-lhes o ninho com inveja. São pesados, carregados pelas chuvas intensas de inverno. São madeira velha a apodrecer dia após dia ao relento. Ao acordar são os meus olhos, duas ostras perdidas num oceano de dúvidas e sal. São um fim de tarde quente de Agosto e ao anoitecer é o olfacto de uma cidade cosmopolita. O cheiro a alcatrão e suor, e humidade primaveril.
Em todo o tempo é o limite entre o silêncio e o ruído. É o meu silêncio por oposição ao ruído do movimento desse mundo que vive aqui ao lado. É o meu ruído existencial interior, que vive incessante e ansioso face ao silêncio do universo. Em todo o lado, a toda a hora, são esses extremos a confundir-se, e depois é o coração. Esse órgão de todos os sentidos que carrega consigo todas as estações do ano e todas as outras mais que só ele conhece. É todos os sentidos de antenas no ar, um coração com pêlos e todas as fases da lua. É o orvalho da manhã numa chapa queimada pelas marcas que lhe deram vida. É o frio e o quente, o vento e o silêncio, a cidade e o sabor a cappuccino com canela, de mãos dadas a deslumbrar constelações.


(não apontei a data em que escrevi isto.)


quarta-feira, 12 de outubro de 2011






52.
Amar Silencioso porque não há alternativa.No dia do Ruido o dia da Queda.
O meu Coração, afinal: um orgão!



Gonçalo M. Tavares in Investigações Novalis


terça-feira, 11 de outubro de 2011



dormir é apenas isto:
o instante em que na memória há um espelho
de palavras que se repetem
vem isto a propósito de sentir a insónia interrompida
o sono sobressai a tua ausência
mas tu entras sem avisar
como se assim garantisses
cada pedaço de não te ter
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©acoldzero


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

a propósito das distâncias




She was extending a hand that I didn’t know how to take, so I broke its fingers with my silence.
Jonathan Safran Foer



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011



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Já fazia algum tempo que não me lançava aos pratos no sentido de praticar e experimentar coisas novas.   Nos últimos meses havia quase sempre aproveitado os apontamentos já guardados para as actuações que tive, vai daí que chegado à capital depois de uma curta estadia na terra do nunca, aproveitei o meu 'day off' para experimentar coisas novas. Peguei na pasta do Dubstep, e saiu isto.
São convidados a dar uma escuta. Tem umas coisas bonitas, outras nem tanto. Melodias, chouriços, bangers ou nem tanto, em duas horas há espaço para espectros que nunca mais acabam.

Podem ouvir em streaming no player aqui em baixo ou fazer o respectivo download para ouvirem confortávelmente em casa, no carro, no trabalho ou whatever aqui.


a tracklist completa e coiso está aqui.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011




Algures durante o meu percurso universitário, tive um professor que me falou de alguém que defendia que não registamos as coisas para nos lembrar-mos delas, mas para nos esquecermos. De vez em quando dou comigo a pensar nisto. É como copiar um ficheiro para o disco externo e pensar "pronto, agora está ali seguro. posso ir fazer outra coisa." e num grande numero de casos, nunca mais lá voltamos. Diz-se, e bem, que todas as regras têm excepção. não é assim com tudo e com toda a gente, mas se pensarmos acontece bem mais vezes do que imaginamos. E para aqueles que acham que isto é uma ideia terrivelmente má, eu agrada-me ainda mais, se pensarmos que o facto de nos libertarmos das coisas porque nos convencemos que existe um registo ao qual podemos voltar se nos apetecer, nos permite e nos dá espaço e abertura para tantas outras coisas mais. Se pensarmos, este registo ao invés de nos aproximar das coisas, liberta-nos delas. "estou tranquilo porque está ali registado.", e posso seguir em frente noutro caminho. Desprende-nos.

Apontar para esquecer.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011


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©acoldzero | Last Days - This is not an ending


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Plato said..



Após algumas conversas com amigos e colegas sobre o excerto que tenho uns posts ali abaixo e da minha ideia de partir dele para fazer alguns estudos, descobri que o mesmo é d' "O Banquete" de Platão. Estou à espera que um outro colega mo empreste para ler e tirar mais algumas ideias. Já me disseram que os meus estudos não correspondem à ideia que o Platão transmite no texto. A isso eu friso: os meus estudos partiram unicamente daquela pequena frase.


Ficam aqui os primeiros exercícios.



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©acoldzero (a.k.a. "O Incendiário")


terça-feira, 16 de agosto de 2011



"according to greek mythology, humans were originally created with 4 arms, 4 legs and a head with two faces. fearing their power, zeus split them into two separate parts, condemning them to spend their lives in search of their other halves."

(somewhere on tumblr.)

(vou fazer umas ilustrações baseadas nisto.)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

song to say goodbye.


Apesar de ser um fã do Alta Fidelidade, nunca fui propriamente de listas e tabelas. Nunca foi a minha cena. Sei o que é que me bate, o que é que está relacionado com o quê e com quem e essas coisas, mas nunca me passou pela cabeça escarrapacha-lo no papel, ou onde quer que fosse. Pensar, "ah e tal de zero a dez quanto é que..". Epá não. Mas gosto da perspectiva de como o John Cusack o faz. Se calhar quando chegar àquela fase da vida, às tantas vou dar por mim a fazer o mesmo, quiçá. Eu sou mais um tipo de impulsos, de agora ou nunca. Sei que naquele momento me apetece ouvir aquela, me apetece ir ali, me apetece fazer o que for. É ali, no momento, em que realmente sentes aquela vontade. Quase como que uma tesão espontânea.
Isto do impulso muitas vezes levanta outras questões. Não sei ao certo o que eu quero (e daí a conclusão do manel "e é por isso que eu procuro!"), contudo, na maior parte das vezes sei o que eu não quero. Neste momento sei que não quero, nem nunca quis ser um plano B muito menos uma bóia de salvação, e se me perguntassem, até saberia dizer quereres concretos, e objectivos. Até não eram poucos. Apesar de tudo isso, continua a ser um problema, o impulso, porque não sabes exactamente para onde vais (mas sabes para onde queres ir pelo menos.. (?)) nem para onde caminhas (idem aspas..), mas como diria uma frase que li algures: não importa que não saibas para onde caminhas, sempre vais chegar onde te esperam. (era qualquer coisa assim. se alguem identificar a frase original e a quiser deixar na caixa de comentários agradeço). E é simples, afinal de tudo: não é de mim que estás à espera. É só isso.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Computer Says "NO"





A ideia seria colocar a playlist chamada "nó na garganta" a tocar, mas ao invés de colocar as musicas em fila indiana ou em modo shuffle, era colocá-las em modo sobreposição e tocarem todas em repeat ao mesmo tempo. Tal não é possivel, contudo e ainda assim, aposto que não seria tão forte quanto este silêncio.






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(unknown)


sábado, 6 de agosto de 2011

Coisas que aprendi hoje.






Plant your own garden and decorate your own soul, instead of waiting for someone to bring you flowers.”                          

Veronica A. Shoffstall                                   





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quarta-feira, 3 de agosto de 2011



Send me the pillow, the one that you dream on, and I will send you mine.

Morrissey                                                              

quarta-feira, 27 de julho de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011





I want to do something beautiful. Even that it is sad.





segunda-feira, 25 de julho de 2011

Para muita gente é pindérico, mas toda a gente tem defeitos. Eu acho que até tenho um gosto musical requintado, mas lá pelo meio, há espaço para a Toxic da Britney Spears e umas quantas musicas do Leonel Nunes. Cada coisa tem o seu momento próprio e eu consegui arranjar espaço para estas criaturas no meu espectro musical. Para além disso assumo aqui publicamente que sou fã do inicio de carreira dos The Gift. Gosto da voz dela, embora já tenha falado com essa criaturinha pessoalmente e ter descoberto que é uma nojentinha cheia de mania, aparte disso, continuo a gostar imenso da sonoridade daqueles dois albuns. Ainda me lembro de os ter descoberto, algures em 1998, num posto de escuta de uma dessas multinacionais.. Não tinham nada de pop nem de comercial. Aquele primeiro album marcou uma fase da minha vida e está directamente relacionado com alguém que conheci naquela altura. Porque é que falo disto aqui? Porque entrei na Fnac esta semana e descobri precisamente estes dois albuns deles, a preço da chuva, precisamente porque as capas dos respectivos devem ter apanhado alguma. Não resisti e trouxe-os para casa. Umas capas amachucadas mas dois LP's duplos a rodar na perfeição.


(Épico.)




Como sou um tipo pseudo-intelectual (de categoria B), no mesmo dia andei a passear-me até à caixa da Fnac com os dois LP's de The Gift e o De Profundis do Oscar Wilde.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Jogos em Cadeia

Para quem não sabe, eu e a Betadine partilhamos um T3 catita na zona de S. Bento. Apesar disso, não partilhamos da habitual comunhão de uma casa por razões que não são para aqui chamadas. A prova disto é que em vez de me perguntar "olha lá, o que é que andas a ler?", me manda mensagens subliminares pelo blog dela. Como eu sou um tipo fixe, aqui fica a minha resposta.

Assim, de pijama e depois de já ter tomado o anti-psicótico, aqui vai sem pensar muito:




1 - Existe um livro que lerias e relerias várias vezes?

Sem dúvida. Há coisas que revisito de tempos a tempos. Os mais frequentes são o Calvin & Hobbes, que para alguns não passa de livros com bonecos, para mim são verdadeiras lições de vida. Outro frequente, ao qual já lhe perdi a conta as vezes que o li é a "Loucura" do Mário de Sá Carneiro. Sou tão eu que até assusta. É óptimo para aquelas alturas em que me esqueço de quem sou, ao que ando e ao que vou.

2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?

Acho que sim mas foi algures na adolescência. Era tão entediante que já não me lembro ao certo qual foi... Outro foi um do Mia Couto à coisa de uns meses. Fiquei no primeiro capítulo.

3 - Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele?

Pergunta difícil. Ler o mesmo livro assim a modos que até morrer assusta um bocado. Tinha que ser um assim grandinho, talvez de contos. De forma a que pudesse ir alternando. Mas não me ocorre nenhum. Se tiverem alguma sugestão partilhem. Sinceramente não me ocorre nenhum dos que tenho na prateleira. 

4 - Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?

Upa upa!!! Prometo que no Natal faço uma lista. Assim podem oferecer-mos todos de uma vez. ; )

5- Que livro leste cuja 'cena final' jamais conseguiste esquecer?

A Loucura do M. Sá Carneiro! Também partilho da Betânia em relação a'O Perfume.

6- Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?

Lembro-me de ainda não saber ler e de a minha irmã me sentar ao colo dela e ler para mim. Lembro-me de em muitas fases da minha vida a minha irmã escolher livros para eu ler. Falava a experiencia de alguém mais velho a tentar puxar por mim. Deu imenso jeito. Li de tudo um pouco, d'Os Cinco, a'O Clube das Chaves, O Principezinho, BD. Quando era puto ía para a biblioteca lá da terrinha e devorava colecções de Lucky Luke, Asterix, e outras coisas do género. Também li a Lua de Joana, li uns quantos do Paulo Coelho (que por incrivel que pareça, em determinada fase da vida de uma pessoa, os recomendo vivamente!!!) mas nunca li Os Filhos da Droga.

7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?

Quando são chatos, há uma altura em que os abandono...

8. Indica alguns dos teus livros preferidos.

ui... como já deu para reparar a "Loucura" é tipo "O" livro. O teatro completo da Sarah Kane vem a seguir. Depois na minha top list existem coisas como o Ensaio Sobre a Cegueira do Saramago, O Retrato de Dorian Gray do Wilde, os escritos do Rui Chafes, A Casa, A Escuridão e O Antidoto, ambos do José Luís Peixoto, As Cidades Invisiveis do Calvino, a colecção do Bairro do Gonçalo M. Tavares (o Sr. Henry é mega!!), ou comédias como O Hotel Lusitano do Rui Zink, Os Meus Problemas do MEC ou A Morte De Bunny Munro do Nick Cave. Tou a esquecer-me de montes deles, mas ficam aqui estes a guardar lugar...

9. Que livro estás a ler neste momento? 

neste momento estou em standby.. à procura do livro certo para o momento. também se aceitam sujestões e/ou empréstimos.

10. Indica dez amigos para o Meme Literário:

coisa dificil.
aqui vai:

flor-de-laranja; indigente andrajoso; SS; Fundo Garrafa; lebre do arrozal; sacana, T, e todos os outros que sentirem vontade de partilhar gostos e ideias.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011







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©Scott H Young







É difícil adormeceres entre o cio da tua gata e o abismo da tua própria existência. Passam já das três da manhã e a cada miar mais profundo, ouves a voz - "Vou deixar de existir! Vou deixar de existir!". A noite é uma espiral que te leva para baixo. É fácil perderes-te entre os lençóis quando não tens quem te limpe o suor. Os pulmões ásperos e a garganta seca. O infinito na cabeça, uma gosma que não te deixa dormir e a tua gata mia à tua porta como se cá dentro estivesse a cura. Mas cá dentro só vive a doença. A tua. A cada miar ouves a tua voz apagar-se e a tua cabeça a dar outra volta e mais outra.
Afogas a cabeça na almofada e deixas-te desfalecer. A unica solução é perder. Quando nasceste não te deram alternativa. Não importa as armas que tenhas. A tua gata há de adormecer pela manhã. Nessa altura vais tomar um chá de limão com mel e pensar que tudo não foi mais que um delírio. Se não morreres do mal morres da cura. Mas dela não escapas.


domingo, 19 de junho de 2011





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©acoldzeroJames Blake - The Wilhelm Scream



sexta-feira, 17 de junho de 2011





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©acoldzero

Canetas de ponta fina, marcador Eding 800 e lápis de grafite. Edição digital.


quarta-feira, 15 de junho de 2011





We sometimes encounter people, even perfect strangers, who begin to interest us at first sight, somehow suddenly, all at once, before a word has been spoken." - Fiódor Dostoiévski







a minha flor envenenada
©acoldzero



sexta-feira, 10 de junho de 2011




o ensinamento essencial para a vida, o único que importa reter, 
e que ainda hoje tem serventia, muito antes de entrares 
para a primeira classe e contraíres um surto de piolhos, 
extraíste da calorosa voz da tua mãe 

Não aceites nada de estranhos 

Foi então que aprendeste o medo






Bruno Sousa Vilar in A Sul de Nenhum Norte - AQUI



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©acoldzero

canetas de ponta fina e lápis de grafite sobre papel. edição digital.
uma encomenda da R.N.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

*EDIT

Serve a presente nota para informar que no próximo dia 9 de Junho estarei de regresso à cabine do clube Europa para girar uns discos. Desta vez estarei acompanhado pelo Pix_L e pelo Setup. Mais uma vez, estão todos convidados. A entrada é livre até às 2h da manhã. Se forem calões pagam 5€ que se lixam!


Para comemorar deixo aqui uma mix que fiz em 2009. Aproveitem que o download é gratuito. Desta vez sou eu que patrocino. E não sejam timidos deixem comentários. Mesmo aqueles a dizer que eu sou uma pessoa horrivel e que devia passar musica de jeito! Não se acanhem! :)









Consta que por motivos de força maior que se prendem com o facto de as paredes dos edificios estarem a ameaçar dar-lhes o tréque-mestre, as noites no Europa estão a modos que suspensas... fica sem efeito a data de 9 de Junho.
Mais noticias quando eventualmente elas me forem transmitidas.
Obrigado pela vossa compreensão



sexta-feira, 29 de abril de 2011



"When I was a little kid,
my mother told me not to stare into the sun.
So once, when I was six, I did.
The doctors didn't know if my eyes would ever heal.
I was terrified,
alone in that darkness.
Slowly,
daylight crept in through the bandages
and I could see.
But something else had changed inside me.

That day I had my first headache."



quinta-feira, 28 de abril de 2011









Sometimes I just want to be invisble




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♫Radiohead - How To Disappear Completly


quarta-feira, 27 de abril de 2011