segunda-feira, 16 de junho de 2014

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4h da madrugada.
Não há nada de sobrenatural aqui.
Mas há estes fantasmas. Há fantasmas aqui.
Uma obra de ficção mal contada
E estes vultos: a unica verdade.
Desgastados pelo tempo.
Cansados.
São só corpos vazios.
Sem razão nem sentido.
Alimentados por uma ilusão colectiva

Uma mentira.

Não há futuro.
Não há futuro.
Não há futuro aqui, foda-se.
Não há como ficar. Mas não há como partir.
Então andam, em círculos, dia após dia.

E quando der a fome?
E quando já nada valer a pena?
E quando o desespero for maior que o resto?

Não há nada de sobrenatural aqui.
Mas há estas almas a penar.

Não. Não há nada de sobrenatural aqui.

Mas há tanto pra temer..
Há tanto pra temer..


Há tanto pra temer..



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